*** Vanuza Souza Silva (Orientadora)
A obra Bom-Crioulo do escritor naturalista Adolfo Caminha representa uma das propostas para se pensar o negro na literatura brasileira do século XIX. Nossa pesquisa buscou analisar as imagens do negro criadas na obra mencionada. Inspirados na análise de discurso de Michel Foucault, tentamos ver os efeitos de verdades sobre o negro que a literatura de Adolfo Caminha institui e como as cria em sua obra. A pesquisa possibilitou ver, também, as regras discursivas do saber literário do século XIX para pensar a questão do negro na cultura desse momento. A forma pela qual o negro foi caracterizado na literatura analisada deixa ver a impossibilidade deste ascender socialmente, restando-lhe trabalhos com uma baixa remuneração, exigindo dele maior força física e obrigando-o a viver em ambientes “marginalizados”. Este trabalho se constitui, sobretudo, como uma abertura para se começar a rever os conceitos de negros que ainda inferioriza, senão exclui esse personagem histórico da nossa literatura e cultura como um todo, abrindo brechas para criarmos outros modelos de negro e negritude no Brasil, na literatura brasileira.
* Trabalho apresentado no XII Encontro Estadual de Professores de História - ANPUH(Cajazeiras, julho de 2006)
** Acadêmico de História UEPB / janailsonmacedo@hotmail.com
*** Professora Ms. do Dep. de História e Geografiada UEPB
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